domingo, 17 de junho de 2012

Os 600 anos de Joana d'Arc


Pastora religiosa, pobre, virgem e vivendo em um vilarejo, Joana d’Arc, dizia ouvir vozes e santos, e com essa afirmação, conseguiu convencer o, uma conversa pessoal com o rei, de que a missão dela era salvar a França da conhecida guerra dos 100 anos, contra a Inglaterra. O rei aprovando a missão, a concede um exercito de 7 mil homens.
Após algumas vitoras e derrotas, capturaram Joana e a queimaram viva, o feito a transforma em mártir e depois de um tempo em santa e símbolo da França.
É nessa historia que vocês acreditam? Foi essa a verdade passada a todos?

* Nos ultimo 500 anos, essa é a versão que é contada aos franceses, Joana d’Arc, a pucelle, ou Donzela, que ajudou a libertar a França. Estudos recentes,que cada vez mais se confirmam, desacreditam um pouco a historia da libertadora que virou símbolo nacional. 

* Já começa com a data de nascimento, que a própria foi imprecisa quando disse a inquisição a idade: ‘Ao que me lembro, tenho 19 anos’, mas uma amiga de infância afirmava que ela era 3 ou 4  anos mais velha. Ao se encontrar com o rei, em 1428, disse ter 21, logo, terá nascido em 1407, mas que também poderia ser 1408. Tirando o fato de que o calendário da época, era o Juliano, que possuía, 330 dias ou mais de 400 e começava na Páscoa. 

* Esquecendo um pouco a idade, pensamos na época que Joana apresentou sua missão, uma época que a França estava sendo ameaçada e que alem das ameaças, estava em guerra com a Inglaterra.

* Segundo Joana, as vozes que a conduzia com o exercito e que a aconselhava sempre, eram, São Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina, com ordens de reconquistar a França.

* Contra a vontade do rei, Joana partiu para Paris mas foi forçada a recuar, por um ferimento na coxa causado por uma flecha que a atravessou.

* Organizou forças punitivas e libertou varias cidades, até ser pega em Compiegne, vendida ao ingleses aliados, acusada de bruxaria e queimada viva em Rouen, o quartel general das forças invasoras.

* Em 1455, com o termino da guerra, Joana foi inocentada e nomeada mártir, em 1920 virou santa, não por causa de seus feitos na guerra, mas sim por milagres que concedeu no século 19, virando assim, uma das padroeiras da França.

* Desde o século 19, duas correntes tentam dar sentido ao mito de Joana d’Arc, os Bastardistas e os Sobrevivistas. 

- Bastardistas: Joana era a ultima dos 12 filhos da princesa Isabel, que tinha um caso com o Duque de Orleans, para que não se descobrisse que o ultimo filho que a princesa tivera fosse de outro, deram a criança para vassalos criarem fora da corte, essa criança, Joana. Isso se fortalece pelo fato de que naquela época era praticamente impossível ver o rei, mesmo assim, Joana teve uma conversa pessoal para expor sua missão, outro fato, é que assim que saiu em missão, a primeira cidade que libertou foi Orleans, cidade de seu suposto pai, assassinado em 1407, pelos ingleses.

- Sobrevivstas: Defendiam que Joana não foi queimada, mas sim outra mulher em seu lugar. Que por alguns detalhes, ela escapou. As casas em volta foram fechadas as janelas, o carrasco não acendeu a fogueira, foi a própria inquisição que o fez, foi queimada duas vezes, para que não sobrasse nenhum vestígio e as cinzas foram jogadas no rio Sena, as crenças que tinha sangue real, fortalece o fato de que ela não tivera sido executada, mas substituída, já que acreditavam que o sangue real não poderia queimar. 

* Alguns creditavam que Joana apareceu anos depois, nos mesmo lugares por onde já teria passado, assim como vários diários de cidade dizem que festas e mais festas foram dadas em sua homenagem, assim como falsas Joanas, que se aproveitavam de sua fama e de sua importância. 

* Uma das falsas Joanas que apareceu foi, Joana de Armoises, que apenas foi reconhecida por Pierre e Jehan d’Arc, irmãos da finada Joana d’Arc.

* No ano passado, Bernard Simonay publicou, Le Lys Et Les Ombres (O livro das Sombras), um romance que mostra uma plausível imagem da real Joana d’Arc. ‘Não é falso afirmar que Joana d’Arc era um símbolo da França, mas patriotismo não era uma coisa muito aplicada naquela  época’.

* A imagem de Joana d’Arc continua viva mesmo depois das eras, inspirando soldados franceses e servindo como acolher para os fieis. 


Cap. Teco